quinta-feira, 6 de junho de 2013

A Instrução Espiritual




A energia do Feminino é a chave da autotransformação no novo contexto planetário. Os novos códigos de comportamento passam pela vivência dos atributos do lado feminino da Fonte.
Não é difícil reconhecer que estamos a sair do território do Masculino desvirtuado, porque temos adquirido muita experiência dessa vibração ao longo das encarnações. Daí a sensação clara (infelizmente só em alguns) de que não queremos continuar nessa via.
E para onde estamos a ir? Já o dissemos: para os territórios do Reino do Feminino! Quando resolvermos aceitar essa vibração em nós — o que implica um elaborado e, por vezes, demorado processo de preparação —, os vários itens do novo “manual de instruções” serão ativados através de uma palavra-passe vibracional. É por isso que a instrução deixou de ser essencialmente intelectual; a partir de agora, a parte mais importante da informação — principalmente a que se destina ao nível celular —, está contida na vibração que formos capazes de absorver. O mesmo se passa, aliás, com a energia do sol, que passou a chegar-nos carregada com outro tipo de informação. Talvez as nossas consciências não a detetem, mas as células entendem-na perfeitamente. Todas estas vibrações se espalham pelo organismo através das hormonas produzidas pelas glândulas, ajudando a reformatar o ser.
É claro que a assimilação da energia que o favorece os novos códigos, tem como consequência a eliminação dos códigos mais antigos, o que implica alterações no código genético extradimensional. Quer isto dizer que uma parte considerável deste trabalho de requalificação não é feito por nós, humanos, mas sim por Quem tem acesso a esses níveis da genética extrafísica. Desde que nós o permitamos, é claro. Temos de o permitir — e declarar convictamente—, porque o nosso livre arbítrio não pode ser violado. A vibração dos novos códigos não pode ser “implantada” em quem não quer recebê-la.
Hoje, quando trabalhamos com instrutores qualificados, poderemos receber os códigos da Matriz do Feminino, num grau que é diretamente proporcional ao nosso estado de amadurecimento anímico e consciencial. Como resultado, verificaremos que a doçura das mulheres passará a ser mais firme e a firmeza dos homens tornar-se-á mais doce. Será um passo para virmos a experimentar o Arquétipo da Complementaridade, ou seja, o equilíbrio das polaridades. Todavia, não se trata da tão propalada ascensão: simplesmente, cada um passará a ter uma noção mais clara da sua própria mestria. E porque essa aproximação à mestria pessoal provém do coração, a sua manifestação passará a ser cada vez mais fácil. Quem passar por essa experiência talvez se surpreenda a ter atitudes e a tomar decisões bem diferentes das habituais.
No entanto, convém que ninguém fique à espera dessas evidências, para acreditar que algo se passou. É fundamental renunciar à necessidade de provas. Essencial é disponibilizarmo-nos para a mudança e entregarmo-nos a ela, fazendo a nossa parte. O resto não é connosco. Como escreveu Fernando Pessoa:
Que, da obra ousada, é minha a parte feita: O por-fazer é só com Deus.
Isto já foi dito de outra forma: “sai da frente e deixa o “anjo” trabalhar! Por conseguinte, seria bom que não interferíssemos no trabalho “dele”; a nossa atenção deve estar concentrada na parte que nos diz respeito. Por exemplo, alterar os hábitos que sabemos que nos prejudicam, abandonar a inveja, renegar os ciúmes, despedir a mesquinhez, desistir de ambições descabeladas querendo roubar lugares e funções que não nos estão destinadas, etc.
Este é um trabalho de colaboração interdimensional. Ambas as partes, sozinhas, não vão longe. Nós permitimos que o “anjo” participe nas nossas vidas (“ele” aprecia que nós reconheçamos a sua colaboração), enquanto fazemos o que só a nós compete. Com isto, ambas as partes fundem-se cada vez mais, o que favorece a tal aproximação à mestria há pouco referida. Por conseguinte, a mestria não é mais do que a fusão entre a parte humana terrestre e a parte humana extraterrestre, seja ela entendida como for. Quando formos em baixo tal como somos em cima, atingiremos um patamar importante. Outros, porém, se lhe seguirão.
por Vitorino de Sousa

In Revista Espaço Aberto






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